Existem dois motivos principais que fazem com que o hábito de alimentar-se à mesa não seja recorrente entre as famílias: o primeiro é a correria diária. O tempo é escasso, a rotina é árdua e muitas vezes os horários não batem. O segundo é pelo simples costume de assistir televisão, sentar-se no sofá, na cama ou em frente ao computador enquanto come.
Em cada um dos casos, há formas de adequar o cotidiano e passar a desfrutar de um tempo de qualidade na hora da alimentação. Entre as dezenas de vantagens, o desenvolvimento infantil, o bem-estar, o entrosamento familiar e o convívio social estão no topo da lista. Além disso, uma pesquisa realizada pela Universidade de Harvard apontou que crianças e jovens que comem à mesa com a família correm menos risco de desenvolver distúrbios alimentares e depressão.
Por isso, continue a leitura e conheça mais benefícios dessa prática:
1. Desenvolvimento psicossocial infantil
Além do estudo já citado, diversos outros pesquisadores já comprovaram que trazer os filhos para comer em família diminui o risco de uma série de transtornos, entre eles o vício do álcool e outras drogas, pensamentos suicidas, comportamentos violentos, entre outros.
No âmbito comportamental, o ato também auxilia no aumento do vocabulário, melhora o relacionamento social, serve como complemento para a terapia familiar e promove o diálogo para que os pequenos se sintam mais abertos a conversarem com os pais e expressarem sentimentos e problemas que merecem atenção.
2. Incentivo à alimentação saudável
Dados alarmantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) sugerem que cerca de 4,7% dos brasileiros convivem com algum tipo de distúrbio alimentar. Entre os jovens, esse percentual chega a 10%.
Uma alimentação caseira, com comida verdadeira e nutritiva, regada de bons momentos é uma receita essencial para prevenir e tratar possíveis transtornos relacionados ao ato de comer. Assim, é possível evitar comidas pouco saudáveis, como fast foods ou ultraprocessados de preparação rápida.
3. O cozinheiro não fica só
Cozinhar é um hábito histórico, estritamente ligado à tradição cultural e familiar. Para o(s) cozinheiro(s) da casa, é importante que essa refeição seja apreciada e degustada como merece. Afinal, não há cuidado e carinho maior do que dedicar o próprio tempo para alimentar quem se ama.
Quando se cozinha apenas para matar a fome, essa herança é perdida e ocorre um isolamento do cozinheiro, que acaba por não ter seu trabalho respeitado e admirado como se deve. Imagine-se neste lugar: você gostaria de ver a família toda ao redor da mesa saboreando o alimento ao qual você dedicou o seu tempo, certo?
4. Memórias afetivas são fixadas
Ao rememorar a infância, é provável que todos lembrem de momentos de união, boa comida e histórias para contar. Mesmo em um dia comum, são construídas lembranças que ficam gravadas para sempre na memória de todos os envolvidos.
Lembrar da comida da avó, passar de geração para geração aquela receita de família, rememorar algo ou alguém a partir do gosto de algum ingrediente. Todos esses são exemplos claros e recorrentes da importância que bons momentos à mesa podem proporcionar.
5. Promove a comunicação
Falar sobre o próprio dia, ouvir sobre o dia do outro, conversar a respeito do que está acontecendo na cidade, no país e no mundo, ampliar o repertório de assuntos e escutar novas opiniões são exercícios excelentes para o desenvolvimento comunicacional.
É comum, também, que na correria do dia a dia os indivíduos percam a própria capacidade de parar para ouvir quem está à sua volta. Conversar ao redor da mesa é uma oportunidade excepcional de adquirir novos conhecimentos e melhorar a convivência social para além das quatro paredes de casa.
Alimentação é saúde, convívio social também! A Sulmed incentiva seus pacientes a reunir quem ama e desfrutar de uma refeição nutritiva e saborosa sempre que possível. Mesmo que torne-se inviável praticar diariamente, recomenda-se que a família escolha pelo menos um dia da semana para estar junto.
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