De acordo com uma pesquisa liderada pela Harvard Business, empresas que investem em inclusão e diversidade contam com funcionários 17% mais engajados do que as demais. Já um estudo da consultoria Diversity Matters concluiu que empresas que implementam políticas de acessibilidade se destacam 14% a mais que sua concorrência.
Mesmo com as estatísticas a favor da inclusão, infelizmente esta é uma realidade distante.
A instauração da Lei nº 8.213, de 24 de Julho de 1991, que diz que empresas com 100 ou mais funcionários devem preencher de 2% a 5% dos seus cargos com pessoas com deficiência, inseriu apenas 0,44% de PCDs aptos para trabalhar no mercado brasileiro.
Apesar de ser um avanço para a época, esta política é considerada desatualizada. Ela não torna obrigatório planejar planos de carreira e tornar o ambiente de trabalho acessível para o funcionário.
Por isso, em 2015, surgiu uma nova lei no Estatuto da pessoa com Deficiência, que garante condições de igualdade aos PCDs, como:
- Criminalizar a discriminação no ambiente de trabalho;
- Direto a tecnologia assistiva;
- Adaptações para a mobilidade dentro da empresa;
- Planos de crescimento de carreira;
Quero aprender! Como implementar acessibilidade na minha empresa?
Agora que você já reservou vagas exclusivas para PCDs, está na hora de começar as mudanças internas. Na prática, pequenas atitudes no dia a dia já fazem toda a diferença.
O primeiro passo é refletir se a sua empresa está preparada para oferecer acessibilidade do jeito mais positivo possível
Será que sua empresa se adequa à norma de acessibilidade NBR-9050? Faça essas seguintes perguntas:
- Meu escritório tem barreiras físicas que excluam pessoas com deficiências?
- As ferramentas de trabalho que ofereço são assistivas?
- As políticas da minha empresa excluem alguém?
- A comunicação entre equipes é inclusiva?
- Meus funcionários atuais sabem, na prática, como receber um integrante com deficiência?
Igualdade começa com a conscientização. Capacite seus profissionais
Estatísticas apontam que 1 em cada 5 funcionários já se demitiu por conta da hostilidade no ambiente de trabalho. Agora, imagine essas estatísticas para uma pessoa com deficiência?
Relacionamento interpessoal é uma consequência de conviver com as mesmas pessoas todos os dias e é um catalisador para afastar profissionais dedicados. A equipe também precisa ser capacitada, pois são eles que vão conviver com o colega PCD no dia a dia.
Promova palestras que sanem todas as dúvidas sobre a deficiência. A conscientização faz toda a diferença e a falta de informação do assunto gera dúvidas, intrigas e desconforto.
É muito melhor quando trabalhamos juntos. Esteja sempre aberto a feedbacks e novas maneiras de incluir
De acordo com uma pesquisa da InfoJobs, 78% dos profissionais com deficiência já se sentiram desacreditados pelos recrutadores durante os processos seletivos e 65% acreditam não ter as mesmas oportunidades que os não deficientes.
Por isso, é muito importante que enquanto líder, você crie um ambiente acolhedor.
Crie um comitê da diversidade, onde os gestores, trabalhadores e especialistas em inclusão tenham um ambiente seguro e acolhedor para debater como as políticas da empresa podem ser aprimoradas.
💡Lembre-se: se você ou alguém que conheça esteja sofrendo capacitismo no ambiente de trabalho, denuncie os envolvidos por meio de um boletim de ocorrência imediatamente.
É crime cometer exclusão social praticadas pela gestão ou colegas de empresa, falas preconceituosas direcionadas para pessoas com deficiência a fim de ridicularizar suas condições e impedir, de qualquer modo, seu crescimento de carreira e acesso a condições dignas de trabalho.
📌 Para denunciar, disque 100 ou faça uma denúncia na Delegacia Virtual do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
